Cinismo pouco é bobagem. Seminários pelo mundo e pela história.
1) CLUBE MILITAR, RIO DE JANEIRO, 2010:
"A Democracia ameaçada: Restrições à Liberdade de Expressão"
2) PALÁCIO DE VERSALHES, FRANÇA, 1785:
“L’Etat est Nous: Êtes-Vous Connecté?” (O Estado é nóis, tá ligado?).
3) KREMLIN, MOSCOU, 1962:
“Desconstruindo as Barreiras Artificiais: A Valorização da Ambição e da Vontade do Ser Humano Enquanto Pessoa de Desejo pelo Mundo.
4) PENTÁGONO, SÉCULO XX (vinte), ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA :
“Mais vale a Liberdade de um Continente do que uma América Latina na mão dos outros - Cuba inclusa. Assuntos vários”.
Tem gente de todas as gentes, caras e expressões. Assuntos pertinentes, pretendentes aos nossos bilhões; momentos de reflexões das salas de aula a uma mesa de bar, feitas ontem ou anteontem, há mais de década; desde as realidades insignificantes, às fantasias dos nossos semblantes.
Zelador
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domingo, 26 de setembro de 2010
domingo, 12 de setembro de 2010
FÓSSEIS RECENTES

Miraculosamente o ônibus Itaipava-Teresópolis conseguiu fazer seu trajeto no tempo médio. A BR-495, rodovia Philúvio Cerqueira Rodrigues, passa e passará por obras até 2012 e nela há vários pontos de “siga e pare”, nos quais se espera de 30 a 50 minutos. Naquela terça-feira, no entanto, coincidiu três placas SIGA surgirem assim que o ônibus chegou a elas; e apenas um passageiro entrou no meio da viagem, à altura da curva da ferradura.
Assim sendo, cheguei uma hora antes de meu compromisso, aula particular para meu primo. Ainda que a casa seja de família e que não haveria problema algum chegar bem adiantado, achei melhor aguardar na praça atrás da prefeitura, perto do local. Bebia água tônica, fumava e tentava escrever pontos para a aula de conversação em português para Signor Rinaldo, meu aluno italiano. Eis, pois, que passa minha prima, irmã da dona da casa e após meia dúzia de frases seguimos para a casa.
Lá chegando, estava meu aluno cavoucando, com afinco e com pá, as terras ao redor de um arbusto no jardim. Parei para falar com ele enquanto minha prima se dirigia para a casa.
- E aí, primo, beleza?
Ele se levantou, cumprimentou-me à moda hip hop ou gangsta’s stlye, e voltou ao seu labor. Ato contínuo, perguntei-lhe o que fazia.
- Tô procurando um peixe...
Tendo certeza da sanidade do garoto de 13 anos, sabia que faltavam ainda algumas informações a respeito daquela atividade. Todavia, resolvi fazer uma observação jocosa:
- Pô, cumpádi, aí não é o melhor lugar para se achar um peixe. Quem sabe num laguinho, ou até num aquário.
Seguramente ele havia feito uma experiência e colheria algum resultado naquele instante, mas quis levar a brincadeira adiante enquanto ele repunha a terra extraída.
- Continua aí, ainda não está na hora da aula. Mas preste atenção para o peixe não sair voando por aí.
(Uma comedinha ridícula não faz mal nessas horas)
Após alguns risos, perguntei o que realmente ele fazia.
- É que enterrei um peixe numa caixa de fósforo grande, primo. Aí quero ver os ossos dele.
- Boa, garoto. É para aula de Ciências?
- Não, é para mim mesmo, quero ver só. Vamos para aula logo.
- É claro, assim terminamos cedo.
Orgulho-me de pessoas que têm este espírito científico. O cara vai longe. E, terminada a aula, lá foi ele de novo, pazinha em punho, acocorado sob o arbusto, curtindo seu momento de arqueólogo.
- Há tempo ele está aí, primo?
- Ah, quase um ano!
- Semana que vem você mostra, ta?
- Tá bom.
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