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domingo, 20 de março de 2011

CURTAS SOBRE LONGAS




Celso Horikawa, o Chorik, proprietário desse blog, é um dos escritores que conheci recentemente. Seus escritos me marcaram tanto que começamos uma boa amizade literária, juntamente com outro grande poeta Akira Yamasaki, dono desse blog aqui Celso nos sugere a simples tarefa de elencar os 15 maiores filmes que um cidadão comum jamais esqueceria. À cada lida nesta lista abaixo percebo uma centena de filmes que esqueci, era parte, porém, da brincadeira.

Decidi me redesafiar. Comentar em pouquíssimas palavras as minhas escolhas. O que me agrava na situação é ter uma infinita coleção de filmes; um histórico ambiente familiar onde os grandes filmes e diretores entravam nas conversas desde que éramos moleques e, de quebra, ser filho poeta e letrista (meu pai), de bacharela em Letras e artista plástica (minha mãe): irmão de desenhista e artista e de um ator em potencial. Primo de uma cineasta e atriz, primo de ator, bisneto de maestro, neto de música. Essa galera toda que lida com a arte e que são meus próximos.

Chorik, aceitei mais este desafio. Vamos lá!

1 - Deus e o Diabo na Terra do Sol - Glauber Rocha – 1964
O sombrio necessário para entender nossa vida, que sofre coriscos frequentes.

2 - Encontrando Forrester - Gus Van Sant – 2000
“Para escrever alguma coisa, comece a escrever, isso vá, vá escrevendo.”

3 - Grito de Liberdade - Richard Attenborough – 1987
Vi esse filme recém lançado, em VHS, motivado pela música e clipe de Peter Gabriel, Steve Biko. Começava a entender a geopolítica do Caos aos 9 anos.

4 - Trilogia do Poderoso Chefão - Mario Puzo e Francis Ford Copolla - 1972, 1974, 1990
Se me dispus a falar, eu falo: falta um pouco de moral e respeito na vida como vemos na trilogia de Copolla e Puzo.

5 - Ran - Akira Kurosawa – 1985
Quer maior tapa na cara no estereótipo padrão ocidental do que Shakespeare revisitado e abrilhantado por um gênio do, dito, oriente extremo?

6 - Nascido para Matar - Stanley Kubrick – 1987
Demonstração da política de genocídio da terra da liberdade.

7 - Apocalipse Now - Francis Ford Coppola – 1979
Joseph Conrad já falou por mim: “o horror, o horror!” É o fim, bonito amigo.

8 - O Exército de Brancaleone - Mario Monicelli – 1966
Perche longo è lo camino, ma grande è la meta!

9 - Noites Brancas - Lucchino Visconti – 1957
Como assim? Um italiano dirigindo outro italiano e uma alemã que falava italiano sem saber bem a língua. Visconti adapta uma obra do Velho Dasta, de São Petersburgo para Veneza, e a gente chora, se angustia, torce para o mocinho e lamenta a realidade.

10 - O Sétimo Selo - Ingmar Bergman – 1956
Ludibriar e desafiar a coisa mais certa do mundo; e ainda fazê-la titubear. Não falo mais nada.

11 - Manhattan - Woody Allen – 1979
Nós podemos nos demitir de nosso trabalho, mas nunca de nosso amor.

12 - Amores BrutosAlejandro Gonzáles Iñárritu – 1999
Cada um tem sua vida, pendejo! Mas jamais pense que as outras vidas não sejam suas também, cabrón!

13 – 2001: Uma Odisséia no Espaço - Stanley Kubrick - 1968
“Hal... Hal... computadorzinho querido, amigo, por favor... abra essa porta. Eu toco Strauss de novo, você gosta de Strauss, né?” Por sorte a humanidade ainda podia desligar a sua criação mais moderna.

14 - Papillon - Franklin J. Schaffner – 1973
O verdadeiro valor à liberdade.

15 - O Segredo dos Seus Olhos - Juan José Campanella - 2009
É que eu ainda acho que o acusado e condenado não era quem foi. Mas até agora, meu pensamento não valeu 'una reverenda mierda!'

Itaipava, 20 de março de 2011.

17 comentários:

  1. Meu nobre Quintella, eu sou provavelmente a pessoa MENOS indicada para falar sobre filmes e cinema. Se eu tivesse que fazer uma lista sobre filmes, faria só das películas que passaram na Sessão da Tarde quando eu assistia TV há muito tempo.

    Mas nesta lista aí que você fez consegui conferir um e outro filme, até porque não sou nenhum ermitão (ainda). "The Godfather", a trilogia, é muito boa. Tenho que falar isso para não dar de cara com uma cabeça de cavalo ao amanhecer.

    E tem poucos filmes que eu posso dizer "adorei". E dentre eles está "O sétimo selo". Jogar xadrez com dona Morte e ainda assim provocar-lhe dúvidas quanto ao seu ofício? Xeque!

    E, por fim, "2001...", que tem a cena mais EMBLEMÁTICA que eu já vi, quando nosso ancestral descobre o que pode fazer com um pedaço de osso. Alguns acham o filme lento, arrastado, mas - não sou crítico de cinema, não entendo NADA disso e só falo bobagem - aí é que está um dos grandes lances da película: a "lentidão" não é à toa,procura expressar o que é a passagem do tempo, a solidão do espaço, a solidão do ínicio da humanidade. E Hal cantando Daisy? Pô, eu me empolgo quando eu falo sobre isso. Eu vou parar por aqui pois falo muita besteira sobre o tema que não domino.

    Um abraço, meu caro!

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  2. Jaime, cada filme ali tem ensaios enormes quase prontos, caso fossemos falar deles aqui. E a cena que abordou do 2001 tb é o início ou final (ciclo) da que destaquei. Quanto ao poderoso chefão, cumpadi, ali é a regra de conduta mundial!

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  3. Acho que eu não conseguiria fazer uma lista de filmes, pois amanhã já iria querer trocá-los por outros. E, depois de amanhã iria querer modificar novamente. Oh! Indecisão.

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  4. Acho que o Chorik-san é meio xarope, só mesmo assim para propor a tarefa de elencar os 15 filmes inesquecíveis da cada um, isso em magros 15 minutos. Nesse espaço de tempo consegui chegar ao meu 7º filme, empaquei feio, deu um branco geral no Queimada onde queimei os meus 06 minutos e o resto de cérebro que me restava. Decididamente vou precisar de uns 10 dias para elaborar a minha lista.
    Um abraço, meu compadre.

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  5. Uhahahahaha! É Akira, Chorik-san bota Thiago-san para Lixa o assoalho/ Pintar a cerca! Entretanto, adorei o ensinamento! Ah, viu que teu xará está na lista? hehehe

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  6. Se for para fuçar mesmo, do Kurosawa entra no mínimo uns 03 filmes, alem do Ran, o Kaguemucha com certeza.

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  7. Te visitando para ver seu blog e para te agradecer as palavras fofas no meu blog.Seus elogios não valem: como meu "filho" é suspeito.Beijão.

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  8. Adoro listas... falo mal de quase todas na mesma intensidade que as coleciono. Risos...

    A sua merece aplausos e algumas consideraçòes:

    1. A Trilogia do Poderoso Chefão é incontestável... a melhor trilogia de todos os tempos! [Re]assisti semana passada. Cada dia um filme. Perfeito!!!

    2. O Segredo dos Teus Olhos merecia outro trecho [e mais aplausos por ter incluído esse filme que realmente é fantástico e extremamente recente]. O trecho, "Um homem pode mudar tudo: de casa, de família, de religião, de Deus, mas há uma... coisa que ele não pode mudar: não pode mudar de paixão" é o melhor resumo poético que um filme poderia ter.

    3. Na minha lista teria O Clube da Luta, A vida é bela e Pulp Fiction.

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  9. Bacana, bacana! Mas uma dúvida: filme bagaceira também entra na lista dos inesquecíveis? A minha lista não é nada se não tiver menção à chinelice! =)

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  10. Seria, Lila, uma nova lista. Tenho também bom apreço pelos filmes bagaceiras! Como esquecer Comando Para Matar, o grande dragão Branco e todoas as obras primas de Steven Seagal?

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  11. Thiago, Assistiu "A última borboleta"? Confira...Grande abraço pra você.

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  12. Nossa, tanto filme que não vi... a tua lista ai eu vi acho que uns 20%. Ô agonia que me dà!

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  13. Ai Deuses! Tem alguns que eu não vi, tenho que correr pra poder fazer comentários e confesso , alguns já nem me lembro mais como era.
    Mas vale a pena ver de novo!

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  14. branca! branca! branca!... leon! leon! leon!

    destaquei este porque o "grito de guerra" é irresistível.

    bem, quem sabe:

    ran! ran! ran!... akira! kuro! sawa!

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  15. Este comentário foi removido pelo autor.

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  16. Thiago,

    Acho meio impossível fazer qualquer lista do gênero, seja de filmes, livros, peças teatrais, quadros, mulheres lindas, animais repugnantes, etc.

    Uma vez o segundo caderno da Última Hora, onde eu trabalhava como editor de Cidade, encomendou a todos os editores e subeditores uma lista comentada (sucintamente) dos dez melhores filmes. Como rolava um troco, topei fazer. Selecionei os sete melhores filmes do Buñuel, meu cineasta predileto. Depois, completamente perdido entre mil filmes e cineastas, resolvi completar a lista com... mais três filmes do gênio surrealista!

    Surrealisticamente coerente, não?

    Abraço

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